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8 Agosto, 2017
O Ciclo de Cinema regressa ao pátio do gnration
Durante o mês de agosto, o gnration exibe no pátio exterior um conjunto de filmes, documentários e curtas-metragens que retratam a atualidade do cinema português. A entrada é livre para todas as sessões.
4 Agosto
LONGE
por José Oliveira
Portugal | 2016 | 37′ | HD | Cor
Ficção
Um Homem vai-se aproximando de uma grande cidade pelos acessos mais secretos, áridos, selvagens. Chega e avista a cidade de Lisboa dos altos e por cima dos montes. Lá, de onde saiu há muitos anos, sente-se um estranho. Reconhece e não reconhece a paisagem e o ambiente. Que o atrai e o repele. Procura amigos, conhecidos, lugares, uma filha que lhe chegou por carta tanto tempo passado. Descobre e redescobre um último reduto onde se sente em casa. Mas parte, no fim, parte.
PENÚMBRIA
por Eduardo Brito
Portugal | 2016 | 9′ | HD | Cor
Curta-metragem
Penúmbria foi fundada há duzentos anos num extremo de difícil acesso. De solos áridos, mares revoltados e clima violento, ficou a dever o seu nome à sombra e à nebulosidade quase permanentes. Até que um dia, os seus habitantes decidiram entregá-la ao tempo. Esta é a história de um lugar inabitável.
BALADA DE UM BATRÁQUIO
por Leonor Teles
Portugal | 2016 | 11’ | Super 8 | Cor
Curta-metragem | Documentário
“Simultaneamente estranhos e familiares, distantes e próximos, inquietantes e sedutores, marginais e cosmopolitas, os ciganos apresentam-se envoltos numa aura de ambiguidade. Não se pode dizer que sejam invisíveis, pois dificilmente passam despercebidos.” (Daniel Seabra Lopes)
Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento. Balada de um Batráquio surge assim num contexto ambíguo. Um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.
CIDADE PEQUENA
por Diogo Costa Amarante
Portugal | 2016 | 19’ | Cor,
Documentário, Experimental, Ficção
Um dia, Frederico aprende na escola que as pessoas têm cabeça, tronco e membros, e que se o coração pára as pessoas morrem. Nessa noite, ele não dormiu. Acordou a mãe várias vezes de madrugada e disse-lhe que lhe doía o peito.
10 Agosto
ELDORADO XXI
por Salomé Lamas
Portugal, França, Peru | 2016 | 125′ | Cor
Documentário
Eldorado é uma assombrosa e misteriosa parcela da realidade etnográfica. A comunidade instalada em maior altitude no mundo, La Rinconada y Cerro Lunar (5500m), nos Andes peruanos; uma ilusão leva os homens à autodestruição, movidos pelos mesmos interesses, usando as mesmas ferramentas e meios na contemporaneidade que nos tempos antigos.
11 Agosto
OS HUMORES ARTIFICIAIS
por Gabriel Abrantes
Portugal | 2017 | 29’ | Cor
Curta-metragem | Ficção
Através do cruzamento entre a estética de Hollywood e as estratégias do documentário, o filme acompanha uma jovem indígena do Parque Natural do Xingu até São Paulo, onde se apaixona por um robot em vias de se tornar um comediante de stand-up. Esta é uma história singular que mistura a antropologia do humor, comunidades indígenas e inteligência artificial.
THE HUNCHBACK
por Gabriel Abrantes e Bem Rivers
Portugal, França | 2016 | 30’ | S16 | Cor
Curta-metragem | Ficção Científica
Baseado num conto de As Mil e uma Noites, O Corcunda (The Hunchback) acompanha um programa de reintegração emocional simulando outras épocas e outros géneros cinematográficos.
Uma delirante transfiguração do conto O Corcunda das Mil e Uma Noite, em versão Sci-Fi. O Rivers e o Abrantes submergem o espectador numa distopia futurista, aonde a Dalaya.com, uma empresa omnipotente, força os seus empregados a participar em programas de reintegração emocional simulando outras épocas.
A HISTORY OF MUTUAL RESPECT
por Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
Portugal | 2010 | 23’ | 35mm | Cor
Curta-metragem | Ficção
Curta-metragem rodada no Brasil, Argentina e Portugal, produzida com um orçamento muito reduzido por uma equipa de três elementos: Gabriel Abrantes, Daniel Schmidt e Natxo Checa. O elenco de atores tem como principais intérpretes os dois realizadores e uma série de atores não profissionais provenientes dos locais de filmagem. O filme narra a história de dois jovens rapazes americanos confrontados com a desilusão da experiência na cidade utópica e modernista de Brasília. Partem então em busca do “amor puro”, que irão encontrar numa jovem indígena da floresta virgem.
18 Agosto
MONTANHA
por João Salaviza
Portugal, Alemanha, França | 2015 | 90´| Cor
Drama
Um Verão quente em Lisboa. David, 14 anos, aguarda a morte iminente do avô, mas recusa-se a visitá-lo, temendo esta perda terrível. A mãe, Mónica, passa as noites no hospital. O vazio pela falta do avô obriga David a tornar-se o homem da casa. David não se sente pronto para assumir este novo papel, mas o fim da infância aproxima-se sem que ele se aperceba…
24 Agosto
AMA-SAN
por Cláudia Varejão
Portugal, Japão | 2016 | 103’ | Cor
Documentário
Um mergulho, a luz do sol do meio-dia atravessa a água a pique. O ar que está nos pulmões terá que chegar até que se consiga arrancar o haliote às rochas do fundo do Oceano Pacifico e finalmente subir para respirar outra vez. Sem o auxílio de botija de ar ou outra ferramenta que potencie a capacidade de permanecer debaixo de água, todo o corpo é convocado a atingir o seu limite. Estes mergulhos são dados no Japão há mais de 2000 anos pelas Ama-San, literalmente, mulheres do mar que na cultura japonesa ocupam um lugar especial, sendo reverenciadas e ao mesmo tempo, incompreendidas.
As Ama-San conquistaram o estatuto de coletoras e cuidadoras, questionando não só o papel da mulher na sociedade oriental como a própria natureza feminina. Este filme acompanha o quotidiano de 3 mulheres de idades distintas que há 30 anos mergulham juntas numa pequena vila piscatória da Península de Shima. Rodado entre o silencioso mundo subaquático e a vida rural no exterior, este olhar resulta num retrato único de uma tradição que se antecipa em extinção. A média de idades das mulheres que hoje ainda mergulham situa-se entre os 50 e os 85 anos.